A verba destinada para o financiamento de imóveis poderá ser usada para operações com recursos da poupança e do FGTS.
No dia 10 de outubro a Caixa Econômica Federal anunciou a liberação de R$ 34 bilhões para financiamentos de imóveis. A verba será destinada tanto para operações com recursos da poupança, quanto para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O investimento também vai incluir as faixas de maior renda do programa Minha Casa Minha Vida e das linhas pró-cotista.
Nelson Antônio de Souza, vice-presidente de habitação do banco Caixa Econômica, mostrou-se preocupado com a medida. “Agora estamos atrás de demanda”, afirmou. Ele ainda não sabe se haverá público para requisitar estes financiamentos.
Três deliberações tornaram possível a disponibilização desse montante, apesar do alto volume de saques da poupança, de R$ 41 bilhões até setembro. A primeira é o aumento dos recursos disponibilizados pelo FGTS para linhas pró-cotista, que atendem as classes de média e alta renda, antes contempladas por empréstimos do funding da poupança.
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Outra medida tomada foi a venda de parte do portfólio de crédito habitacional da Caixa, por meio de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), para o FGTS, o que abriu espaço para a concessão de novos créditos. Em terceiro, está o fato do banco ser o detentor da maior e mais antiga carteira de crédito habitacional do país. Isso faz com que ele tenha um volume mensal de recursos de poupança que “voltam” a ficar disponíveis para empréstimos, quando os financiamentos vão sendo quitados.
Condições da Caixa
Além de ser a instituição financeira com maior procura de crédito imobiliário, é também a que costuma oferecer as melhores opções para financiamento de imóveis, com os maiores prazos, com limites de 30 ou até 35 anos, a depender da linha de crédito. Nas linhas mais populares (Minha Casa Minha Vida faixas 1 e 2 e Carta de Crédito FGTS), as taxas podem variar entre 5,11% e 8,47% ao ano.
Nessas duas linhas, além disso, há limite para a renda familiar bruta mensal do comprador, que deve ser compreendida entre R$ 465 e R$ 6.500. Nessas linhas a cota máxima financiada é de 90%, com esse número podendo ficar entre 70% e 85% nas demais.
O limite do valor total do imóvel financiado varia de acordo com a linha de crédito, sendo a da Carta de Crédito FGTS R$ 225 mil, a da linha Pró-Cotista e da Carta de Crédito SBPE pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) sendo ambas de R$ 750 mil (para DF, RJ, MG e SP) ou R$ 650 mil (para o resto do Brasil) e a da Carta de Crédito SBPE pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) sendo para imóveis acima de R$ 750 mil.